
Ficou esquecido num canto. Ficou sozinho,
reencostado na parede, sentado no chão duro, desconfortável. Foi atirado para lá com a maior indiferença e ali permaneceu. Não, não me faz a
mínima confusão que ele esteja ali, ferido e
dorido naquele canto. Que sangre, que se esgote, que se finda, ali. Neste momento ou daqui a uns dias, mas que acabe de uma vez. Não, não me custa
vê-lo ali, senti-lo ali. As suas marcas são profundas, as suas feridas são grandes... Mas já não custa. Já saltou e vibrou tudo o que tinha a vibrar, já riu tudo o que tinha a rir e já chorou tudo o que tinha a chorar. Já sonhou e já foi sonho. Já se abriu e absorveu todos os
estímulos, todos os sentimentos, todas as pessoas. Já bateu tudo o que tinha a bater. Agora que se finda e que se vá. Que acabe. Ainda sangra, mas já não dói. Que se vá, como o amor se foi. Que se vá e que se finda. Pára, coração!
Gostei da tua interpretação da imagem. Acho que nem sequer me tinha lembrado de a interpretar assim...
ResponderExcluirSó é pena que tenha um fundo de verdade ... essa interpretação.
Beijinhos,
João
Gostei,gostei muito..sem palavras
ResponderExcluirUm grande beijinho**
Spring