sábado, 27 de outubro de 2007

Fotografías

Não sei explicar absolutamente nada do que se passa aqui dentro... Da cabeça... Do coração... Existem dias em que tudo é tão normal, tão natural. Dias que passam com a sua normalidade, apesar de um ou outro pensamento que vai e volta. Outros, parece que só refilamos, nos chateamos, nos lembramos, recordamos, choramos e sorrimos por motivos que não queremos lembrar, mesmo nos lembrando... As dúvidas aumentam a cada segundo que passa e as verdades absolutas vão diminuindo acentuadamente. Custa tanto. Olho fotografías de momentos. A lágrima, timida e dorida, aparece no canto do olho querendo escorrer pela cara abaixo tão velozmente. Fecho os olhos na esperança de que ela volte para dentro. Não quero que ela caia. Mas não vale apena querer, não basta querer para acontecer. E lá vai ela. Mais uma, das tantas lágrimas que já chorei. Continuo ali, de olhar preso nas fotografias e coração preso nos momentos. Queria poder entrar por aquele pedaço de papel e voltar aquele momento. Voltar a sentir o que ali sentia, voltar a sorrir daquela maneira. Voltar a ter-te ali, naquele lugar, naquele espaço. Mas não posso. São apenas pedaços de papel com uma imagem contida neles, com um momento aprisionado... São pedaços de recordações. Pedaços de vida, da minha vida, da tua vida. São pedaços meus e pedaços teus. Passo mais umas quantas fotografías por entre os dedos e mais umas quantas lágrimas pela cara e mais uns quantos momentos pelo coração e mais umas quantas memórias pela cabeça e mais uma dor e um pouco de amor pelo coração. Como é que aquele pedaço de papel pode ser tão cruel e poderoso? Ameaço rasgalo ou amachucalo no minuto que se segue. Mas não consigo. Para quê? Posso rasgar, amachucar, pegar fogo ou deixar que elas voem ao sabor do vento pelos ares que nunca irei apagar o que sinto. E aí percebo que, em vez de tentar por fim às fotografías, tenho é de por fim ao sentimento. Rasgar o coração e colocar um novo no sítio, como quando mudamos de uma folha escrita para uma em branco. Mas, teoricamente é mais fácil do que na práctica, e, as lágrimas continuam a cair, e eu fico aqui de pedaços de papel nas mãos e de pedaços de coração dentro do peito...

2 comentários:

  1. Oh querida, custa tanto ler estas palavras=(...Ateh o meu namorado ja reparou que fico diferente quando leio o blogue...Mas faz-me ficar pensativa...
    É uma dor tao grande...Mas querida, nós somos tão novinhas, a vida tem ainda tanto para nos dar, tanto para nos mostrar...Lembra-te da tua primeir desilusao de Amor e de quanto ela durou?A minha durou 2 anos...E so passado 2 anos, e a conversa com um amigo meu ao telemovel eu percebi..Debora apana o autocarro da vida...Porque ele perguntou-Me:
    -Ha quanto tempo gostas do Andre?
    -Ha 2 anos
    -Tao pois bem, há 2 anos tu paraste a tua vida...

    E eu disse a mim mesma que chegava, e que a quem quer que eu pudesse iria dizer...Nao desperdicem tanto tempo numa pessoa...Mas eu sei que custa...Por isso faz luto desse Amor o tempo que for preciso, porque eu tenho a certeza que um dia a vida te sorrirá ainda mais forte que sorrio nakele outro dia...Esse preso em fotografias e belas recordacoes^^

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  2. Ups ali em baixo era 'apanha' e 'sorriu nakele dia' lol!Beijo Gigante*

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