sábado, 29 de dezembro de 2007

★ 28 de Dezembro de 2007

Dormi mal naquela noite. O sono não foi totalmente profundo. Custou a adormecer e acordei várias vezes antes da hora de acordar. Estava entusiasmada. Era óbvio que estava. Tinha levado quase uma semana a pensar naquele dia, no que iria acontecer e como iria ser. Levei quase uma semana a imaginar e a supor tudo minuto a minuto. A minha mãe acordou-me. Meio ensonada lá me levantei e preparei para sair de casa e apanhar a boleia do meu pai. Lembro-me de olhar para os telemóveis na esperança de ter recebido aquela mensagem matinal daquela pessoa, mas não estava lá nada. A manhã não estava muito fria mas o carro estava gelado. Lá fomos nós. Cheguei e toquei à campainha, meio a medo, para não acordar quem não devia. A Rosária abriu a porta e lá entrei. Cumprimentos normais, nada formais e as conversas foram surgindo a pouco e pouco. Subi até ao 1ª andar, fui ver o meu pequenote, estava a dormir profundamente. Bastante calminho e enrolado em si mesmo. Aquela visão faria qualquer dia melhor e mais feliz. Levei-o para a sala e fiquei ali a contempla-lo horas a fio. Vi-o dormir, cada movimento despertava a minha atenção, cada som fazia-me olhar com mais atenção. Acordou algumas horas depois, com fome. Foi-se espreguiçando várias vezes, bocejando outras tantas, abria os seus pequenos olhinhos confrontando-se com a luz do sol, que iluminava a enorme sala. Observar cada gesto seu foi maravilhoso. Ao fim de alguns minutos largos, lá acordou. Foi "comer" e mudar a fralda (tive direito a ser baptizada por ele.. Até foi engraçado.). Lá estive eu a ajudar. Aquilo era tudo novo para mim. Os curtos minutos acordados dele eram bons para "brincar" um bocadinho com ele. Para poder pegar ao colo e vê-lo interagir. Almoçámos. E quando demos conta era novamente hora dele "comer" e mudar a fralda. E lá fomos nós. A seguir fomos ao pediatra. Está fortão o meu rapaz. De volta a casa, o ritual do Pedrinho repetiu-se. Repetia tudo e todo aquele dia novamente. Foi maravilhoso poder ficar ali a contemplá-lo, a observa-lo, estar perto dele, poder pegar e sentir o leve aperto do mãozinha dele no meu dedo...
É tão pequerrucho, tão indefeso, tão sensível, tão lindo, tão frágil mas é tão importante. Dá-me força como ninguém. Faz-me sorrir sem me dizer palavras. Faz-me sentir melhor só por existir. E eu sou uma prima completamente babada pelo meu Pedrinho.
Não esquecerei este dia, nunca.

Um comentário:

  1. Ohhh=')
    Sabes, eu passei o primeiro dia do ano tbm a cuidar duma bebeh, a mudar a fraldinha...E embora nao seja nada novidade para mim, pois ja o fiz a muitos bebes, eh sempre lindo e lindo...Sao os seres mais merecedores do nosso Amor, sem duvida.Beijinho minha querida*

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