quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

★ Não tenho.

Não tenho escrito porque não tenho palavras. Não tenho escrito porque não tenho emoções. Não tenho escrito porque não tenho novidades. Não tenho escrito porque não tenho sensações. Não tenho escrito porque não tenho pensamentos. Não tenho escrito. Talvez não tenha escrito porque tenho mágoas. Mágoas relativas a muitas pessoas. Mágoas que resultam da acumulação de tanta coisa. Que custam a passar, mas que passarão. Por vezes, as pessoas conseguem ser muito cruéis. Mesmo quem amamos, mesmo quem nos ama. Mesmo nossos amigos e amigas. Sentimos falta daquele abraço que estava sempre presente, involuntário e aconchegante. Sentimos falta daquele olhar, que mesmo sem palavras sabia tudo sobre nós, por dentro e por fora. Mas sabia sempre. Sentimos falta daqueles gestos que eram tudo, mesmo não sendo nada. Daquelas palavras mágicas que mesmo sendo tímidas faziam a diferença. Sentimos falta da amizade. Sentimos falta do amor. Sentimos falta. São momentos que escasseiam. São recordações que ficaram para sempre dentro de nós. Enfim. São coisas que fazem falta hoje e sempre.

Um comentário:

  1. As pessoas são e sempre foram cruéis. Às vezes porque são simplesmente assim, outras vezes como forma de defesa contra fantasmas imaginários.

    Mas essa crueldade ajuda-nos a crescer. A perceber a realidade. A tornar-nos mais fortes. Obriga-nos a encontrar novos amigos, novos ombros onde chorar, pessoas com quem partilhar as alegrias e as tristezas.

    E é claro que sentimos falta. Do abraço, do olhar, da sua presença. E vamos continuar a sentir. Só que à pessoas pelas quais não vale a pena sofrer.

    É nessa altura que temos que decidir o caminho a seguir... e iniciar a viagem.

    Se precisares de um ombro amigo ou de alguém com quem "falar", podes encontrar-me por aqui...

    ;)
    Beijo.
    João

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