segunda-feira, 3 de março de 2008

★ Limite

Há dias em que decididamente não deveríamos sair da cama...
Acordei com o despertar do telemóvel, sem vontade, virei-me para o outro lado e adormeci novamente. Acordei, atordoada e atrasada. Fiz tudo a correr e saí para a natação. Finalmente ia retomar as aulas. Já tinha saudades de engolir água até não puder mais, do aroma a cloro, dos exercícios que para mim eram superar etapas... Depressa me arrependi de ter saudades de tudo isto... Sai de lá furiosa. Fartei-me de beber água e às vezes sinto que não vou conseguir ultrapassar os meus reais medos... Irrita-me. Sai da piscina apressadamente, exausta, surda e entupida. Despachei-me à pressa e lá fui eu para a escola. Dia de teste de português.
Os enunciados foram distribuídos. Agarrei na caneta e tentei começar a ler o teste. As frases atropelavam-se umas às outras e não faziam sentido na minha cabeça... Parei por minutos em busca de concentração. Estava mesmo exausta. Tentei dar o meu melhor. Achei aquilo horrível e difícil... Sai do teste com a sensação terrível de não ter feito nada de jeito...
Finalmente o dia chegou ao fim. Depois de tudo aquilo tinha um afluente de pensamentos e coisas na minha cabeça. Perdi a força neste dia. Perdi-a mesmo. Parecia que uma desgraça nunca vem só. Sinto-me mesmo de rastos. Não me consigo desdobrar em mil. Não consigo. Ando de um lado para outro sem tempo e paciência. Parece que poucas são as coisas que me fazer sorrir, ter paciência e força para simplesmente não baixar os braços. Às vezes atingimos o limite e sentimos vontade de explodir. Hoje é isso que sinto.
Quero adormecer e não acordar tão depressa.

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