domingo, 13 de julho de 2008

★ Cerejas.














Não.
Não preciso de um sonho.
Nem de um sonho nem de palavras.
Sinto-te.
Inesperadamente vieste até mim.
Não me mexi.
Ou se me mexi ninguém notou, tu não notaste.
Se me mexi foi inocentemente..
Ou, talvez, não.
Mas isso não importa, o que importa é que vieste.
Vieste e não sei se vais ficar...
cerejas em cima da mesa.
Podemos come-las juntos, se quiseres.
Uma por uma.
E quando acabarem eu vou buscar mais e comemos só para não te ver levantar e ir embora.
Não quero que vás.
Quero que fiques..
Comigo.
Sim, (agora) sei que quero que fiques comigo.
Fita-me com esses teus olhos, da maneira que sempre me fitaste.
Toca-me da maneira que sempre me tocaste e que me faz sentir-te tão perto e que me acelera o coração.
Gosto de sentir a tua mão nas minhas costas com segurança e de sentir a tua respiração, compassada, no meu cabelo.
Ignorei, muitas vezes, os teus gestos, as tuas tentativas.
Eu sei.
E podia ter sido diferente.
Mas se não foi é porque não tinha de o ser.
É porque, os momentos são como as cerejas, tem de se esperar pela altura certa para os apanhar..
Não me deixes.
Ainda há cerejas na mesa.
E eu não sei se vais ficar, se queres ficar.
Mas se for pelas cerejas, eu não as deixo acabar, nunca...
Para que fiques comigo.

2 comentários:

  1. Escrever e' sem dúvida a melhor forma de se demonstrar emoções. (:

    E's muito para mim :$

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  2. De uma delicadeza extrema :)

    Beijinhos
    Ana

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