Perdida, algures, pelo meu mundo tu encontraste-me.
Surgiste de onde eu já nada esperava.
Quebraste as muralhas que me envolviam para que tu me pudesses envolver em ti.
Pegaste na minha mão, trémula, e fizeste tudo o que mais ninguém tinha feito.
Não saíste dali, do meu lado. Não fugiste nem partiste para longe.
Pediste-me que me deixasse cair nos teus braços e eu, acho, que sem hesitar o fiz (desmedidamente).
Aninhei-me em ti e iniciámos um novo livro (inacabado). Uma a uma cada página será preenchida.
Quebraram-se todos os medos e todos os feitiços, pensava eu... Mas quando dei por mim, um maior medo me consumia: o de te perder. Medo de que te deixe fugir por entre as minhas mãos... Que sejas os grãos de areia que me escapam por entre os dedos, mesmo debaixo dos meus olhos...
Agora que estás aqui não quero que partas, não quero que me deixes, não quero que me soltes.
Preciso de ti, aqui.
Só tu me dás aquela força e aquela coragem.
E quando te chamo meu bem não é uma metáfora aplicada ao sentimento. É o sentimento aplicado a como tu me fazes sentir: bem.
Se queres ser o meu herói, continua a travar a batalha que começas-te.
Não cruzes os braços e não me deixes ir embora.
Não me deixes voltar para dentro das muralhas, ou pelo menos, tenta que eu não volte a construí-las...
Vem comigo.
Dá-me a tua mão e vamos caminhar à deriva, até onde o destino nos levar.
Preciso que caminhes do meu lado mesmo não sabendo o rumo da estrada.
Preciso que me guies...
De mãos dadas.
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