domingo, 28 de dezembro de 2008
E tu, onde estás?
Os caminhos cruzam-se onde as encruzilhadas marcam presença.
Caminhei estrada fora, sem parar, sem hesitar.
Passo a passo estou mais perto e mais longe de chegar.
O tempo foi-se perdendo e eu fui-me perdendo no tempo.
E em ti.
E em mim.
Sim, perdi-me.
Nos momentos e nos pensamentos.
Mostraste-me mundos e castelos em sonhos tão reais como a dura realidade em que me perco a sonhar contigo, novamente.
As palavras não sustentam os sentimentos embaraçados nem os pensamentos incompletos.
Fazias parte do meu mundo e partiste.
Rompeste a gravidade que me fazia estar no sitio certo...
E agora os mares caiem desta esfera, abruptamente.
E, aparentemente, tudo está bem. Mas não está.
Eu continuo a vaguear por aí.
Corro recantos de sonhos perdidos na esperança que te volte a encontrar na próxima esquina.
Mas tu não apareces.
Parece que fugiste para outro mundo, para o teu mundo e te tornaste imune a um passado tão presente em mim...
Agora, todos os instantes são ausentes e todos os momentos são vazios.
A minha alma está despida.
E tu, onde estás?
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