Se um dia me guio sozinha por entre as muralhas de uma vida, outros, necessito que me salves e que me leves de dentro delas.
Sufoca-me a vida e o mundo.
Quero sair desta realidade, entrar em paralelismos entre mim e ti. Entre o meu mundo e o teu para que a saudade faça viver o que sentimos. Paralelismos oponentes às nossas mentes. Ao que eu sinto, ao que tu sentes.
Respira.
Consome.
Mas deixa-me viva aqui noutro mundo que não é o meu.
E as palavras que me dizes ecoam sem sentido. Os teus sons, aqui, não são tão audíveis como eu gostaria. Esta realidade não é a minha nem a tua. Mas ao menos não estou consumida entre angústias e momentos que já lá vão (mas que na verdade ainda aqui estão, ali estão na outra realidade).
De repente começa-me a faltar o ar...
Não me largues.
Leva-me daqui por favor.
Estou a sufocar embrenhada em coisas que não são minhas.
Por favor, trás-me de volta a mim mesma.
Nos teus abraços voltei à minha realidade.
Voltei a poder sentir-te e abraçar-te.
Sim, eu percebi.
Mais vale uma realidade dura e crua do que uma realidade vazia e inóspita de seja o que for.
Mas agora estás comigo.
Antes não sei se estavas.
Mas, por favor, não me deixes fugir outra vez.
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