De novo.. (18 de Maio 2007)

Dia apo's dia e' como se nada nunca tivesse mudado.. Continuamente os sentimentos aumentam, as du'vidas permanecem ou aglomeram-se como a tal bola de neve, os pensamentos ficam naquilo a que se pode chamar uma mixelania de coisas estranhas.. E o corac,a~o? Esse esta' como se tivesse sofrido uma paragem cardiaca.. Ficou imo'vel, ferido, sangrento, fra'gil e com vontade de pular pela boca e correr ate' onde for mais longe.. Como reanima-lo? Essa tarefa fica para depois porque agora o que interessa e' chorar ate' na~o ter mais la'grimas, ate' ja' na~o ter asas para voar, desde que o sol se poe~ ate' que ele volta a nascer.. E foi outra noite sem dormir nem sonhar.. Foi outra noite assombrada pelo que existiu sem querer e o que na~o existiu como queriamos.. E ha' tantas perguntas.. E eu preciso de uma resposta.. De va'rias respostas.. Tre^s anos depois e tu ainda está na minha memo'ria, na minha vida, no meu corac,a~o, no meu mundo.. Por todo o lado.. Nem que seja em pequenos vestigios de ti.. O que vai ser de mim? O que vai ser de ti? Quem prende as estrelas no céu? O amor pode mover uma montanha? Por que o céu é azul? Um dia eu irei danc,ar na lua? Algum dia tu sabera's se fui importante para ti durante um minuto? Por que na~o signifiquei nada para ti? O que o vento diz quando eu choro? Algum dia eu saberei tudo isto? Perguntas cujas respostas sa~o pore'm quase impossiveis de decifrar.. E eu, pela mile'sima vez esta noite, estou correndo para o lugar onde te vi pela primeira vez.. Como fac,o tantas outras vezes desde sempre.. Porque mesmo que queira po^r um ponto final neste livro, nesta histo'ria, que ambos escrevemos, so' consigo po^r virgulas e reticencias.. Porque eu comprei um bilhete para o fim do arco-iris e vi as estrelas batendo no mar e chorei soluc,ando, tentando quebrar a muralha de vidro.. Mas ela na~o parte.. Na~o quebra.. Ela na~o me deixa voar.. Ela na~o me deixa encontrar o que eu preciso.. Ela na~o me ensina o que tu na~o me deixas ver.. O caminho para ti.. E hoje eu ainda consigo perguntar-me a mim mesma, como se fosse o eco do vazio de sempre.. Porque na~o esta's comigo, agora? *