domingo, 2 de março de 2008

★ Pequenas coisas


Dificilmente consigo acreditar no presente. Quero, mas não sei se consigo. Tenho medo que tudo simplesmente se vá. Que seja como sempre foi e se vá. Que tu sejas a areia que cai por entre os meus dedos... Como a água que não consigo agarrar... Como o vento que posso sentir, mas não abraçar... Que sejas apenas uma presença temporária e te tornes uma ausência permanente. Não quero. Não suportaria tudo isso de novo... A verdade é que vais e voltas, mexes e remexes e acabas sempre por entrar e invadir a minha cabeça e o meu coração... Acho que já não tenho medo de lutar, de arregaçar as mangas para agir e usar a imaginação para te surpreender. Acho que perdi-o quando percebi que ele não me levaria a lado nenhum e que parada não mudaria nada. A força é que se vai. Simplesmente se vai com o passar do tempo... Ultimamente ganhei alguma e eficazmente fiquei com outro animo. Mas e se tudo de repente acabar? Não quero. Não deixo. Não desisto. Não posso. Sinto que não posso. Que se te deixo ir outra vez, vou-me também mais uma vez.... E não posso. E não quero. E não deixo. Não.
Apercebo-me, repentinamente, que sorrio. Lembro-me de cada etapa. De cada conversa. Ou de um simples sorriso teu. Apercebo-me de quanto a tua simplicidade me faz bem. De quanto a tua indiferença e o teu grau de dificuldade me dão luta. Do quão boas são as nossas conversas, as nossas birras, as nossas pseudo-discussões que originam pseudo-amuos. E sei que se não fossem estas pequenas coisas, à muito tempo que te teria deixado para trás. Que te tinha virado as costas e ido embora. Para sempre.

Um comentário:

  1. Só tens que continuar a sorrir. E a acreditar. Porque é quando deixamos de acreditar que a esperança morre e tudo parece começar a desaparecer à nossa volta.

    Como vês não custa nada. É só sorrir e acreditar. ;)

    Beijinhos,
    João

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