quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fantasmas de cristal



Todos somos de cristal e todos temos fantasmas... Por mais que afirmemos que não, isso não é verdade. Todos, em realidades paralelas, temos angustias e, cara a cara, tentamos desprezá-las o mais possível para que ninguém as consiga entender... Nem ninguém, nem nós mesmos.
Os medos aparecem por isto ou por aquilo, mas o que importa, é não os ter ao invés de os termos. Mesmo que a vontade seja ficar naquele canto escuro e frio, onde ninguém nos poderá encontrar, chorar horas a fio e lamentar tudo aquilo que, à nossa volta, se move e se mexe devemos sair para a luz, gritar as nossas angústias e os nossos medos. Devemos partilha-los e deixá-los voar ao vento. Deixa-los dissiparem-se até serem apenas sussurros de coisas que já lá vão. Devemos ser fénixes que renascem das cinzas.
Afinal todos somos de cristal. Transparentes e translúcidos, todos somos frágeis e quebramos facilmente, mesmo que por fora estejamos intactos... Até os diamantes mais valiosos quebram interiormente e só depois exteriormente. Todos nós deixamos transparecer os sentimentos e os pensamentos nem que seja em simples gestos ou pequenas atitudes... Mas todos somos de cristal. Todos quebramos, mais tarde ou mais cedo. Todos somos demasiado preciosos para nos mostrarmos, apenas, em dias de festa ou visitas lá em casa.
Todos somos de cristal, todos nós temos fantasmas.



Um comentário:

  1. Os teus textos têm sempre aqelas magnificas mensagens...ADOREI este!

    Melhor amiga hoje e sempre =D

    AMO.TE <3

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