domingo, 24 de maio de 2009

Labirinto



















Caiu.
O meu mundo caiu.
Ruiu.
Partiu.
Fugiu.
E tu foste.
E foste tu.
Foi por ti.
E agora eu fracasso.
Eu morro.
Eu parto.
E não renasço.
Foi e ainda é.
E eu morro mais uma outra vez.
Bocadinhos soltos e dispersos.
Fragmentos de pedaços.
Ausências renascidas.
Consumida.
Desiludida.
Perdida.
E este labirinto não tem fim.
Cada vez mais o caminho é cruzado e confuso.
E a névoa caiu.
A noite nasce.
A chuva gela-me o rosto.
As lágrimas não me deixam ver o que há muito o coração cegou.
Estes olhos.
Estes olhos que eram teus.
Agora já não vêem.
Chorei.
Mas não sei se alguém me viu.
Esta angustia já não se esconde.
Procurei.
Não encontrei.
Fugi.
E estes sentimentos já não valem nada.
Eu grito.
Delírio louco.
Esqueço.
Enlouqueço.
E não recomeço.
Morri.

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