sábado, 2 de maio de 2009
Quem me dera
Caminhando sem destino, continuo.
Porque já nada me faz parar.
Os meus pés levam-me onde sempre quis ir.
E desconheço todos os passos que darei.
Mas, hoje, todas as horas são minhas.
Porque o tempo que já foi teu, não volta mais.
E eu, continuo, passo a passo, a percorrer caminhos tão meus.
Só meus.
O vicio de ti, saciou.
E já não (te) necessito.
Ficaste no passado, este presente já não é teu.
Porque nós sempre vivemos num pretérito-imperfeito.
As cartas continuam espalhadas pela mesa de vidro.
Também elas, esquecidas.
Quem me dera que elas também tivessem sido tão transparentes e lúcidas.
Quem me dera que elas não tivessem sido tão frias.
Quem me dera...
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