sábado, 2 de maio de 2009

Silent conversation


























Todas as palavras são nossas,
Mesmo que o silêncio se oiça.
Os momentos acontecem,
O tempo não parou.

Os teus braços são agora o meu sossego.
Conforto-me e enrosco-me sempre mais um bocadinho,
Mesmo que insegura, desta segurança que me inercía o coração.
E permanecemos, aqui, abraçados.
Calados, numa conversa tão nossa.
Não precisamos de palavras.

Os teus olhos brilham para mim.
E eu sorrio.
E tu sorris-me.
E, também, os meus olhos brilham.
E tu beijas-me.
E eu não sei se será para sempre...
Mas, aí, perante a minha dúvida (in)sonora, tu apertas-me contra o teu peito.
E eu volto a (re)enroscar-me nos teus braços, porque a dúvida já passou e, tu ainda aqui estás.
E nosso dialogo continua (em silêncio).
Mas esta nossa melodia não me incomoda.
Para quê as palavras se podemos ter silêncios perfeitos?!
Apercebo-me de como me faz bem não ter que dizer nada.
Não ouvir nada.
Apenas sentir(-te).
E aí, quem te olha sou eu.
E quem me sorri, és tu.
E, também, os teus olhos brilham, novamente.
Mas agora, sou eu quem te beija.
(E como é bom beijar-te...)
Será que, também tu, pensas se será para sempre?!
Aperto-te, levemente, nos meus braços.
E tu enroscas-te em mim.
Continuamos a nossa conversa...
Em silêncio.


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