sábado, 14 de novembro de 2009

Pedra no sapato














Estou fugida, perdida, ausente.
Tão esquecida, inocente.
Não sei perder-me (mais) por me encontrar.
E se não me recordo de quem sou, tudo me lembra quem fui.
Adormeci o passado, neste embalo que não se ouve.
Mas este presente sonoro não me deixa pensar, respirar...

Tenho uma pedra no sapato.
Não sei como expulsá-la!
Afinal o sapato é meu...
Quero agarra-la o mais que posso, guardá-la para mim (só para mim)...
E, inerciamente, quero atirá-la para longe.
Este espaço não lhe pertence!
Então, deixo que ela permaneça no meu sapato, até (re)agir.

Sento-me, então, na exaustão de raciocino turbilhoso.
Ninguém (me) percebe.
E eu não (te) posso explicar.
Entendam-me em meus silêncios!

2 comentários:

  1. WOOOO(...)OOOOW.
    amei, amei, amei. :)

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  2. Porque por vezes o silêncio diz coisas que as palavras não conseguem! Mas o teu poema consegue dizer tanto mais!
    Gostei!

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